Porto Alegre, setembro de 2009.
EU NÃO QUERO SER PROFESSORA...!
Ser ou não ser, eis a questão... Pois é, parece que quando Shakespeare escreveu essa frase estava me incluindo na situação. Sempre achei que eu era individualista demais para ser professora porque, também, sempre achei que o professor é um ser muito especial, que deixa de ser ele mesmo para ser alguém que ensina. Desprende-se do seu conhecimento e, para ensinar, é preciso ter muita solidariedade. Não que eu não seja uma pessoa solidária, mas o professor se despe de qualquer preconceito porque, para ele, o que importa é ensinar aqueles que passam por suas mãos a serem pessoas melhores, e, se ainda não atingiu essa meta, ele continua incansavelmente até atingir o objetivo. Ser professor é ser idealista, ser um sonhador e ter um grande senso de humanidade e de sociedade. Pelo menos é assim que eu vejo. E eu, não tenho esse desprendimento todo, me parece.
Bem, é só olhar a obra de Paulo Freire e qualquer pessoa entende do que eu estou falando.
Eu sempre disse “Não quero ser professora!”, muito embora dizer isso aos doze anos de idade, numa família em que todas as mulheres eram professoras, era apenas uma mera observação. Afinal, como é que essa menina sabe que não quer ser professora? Isso é tudo que se pode querer da vida! Ora! E então, eu fui fazer magistério. Muito a contragosto, é claro, pois todas as minhas amigas tinham ido fazer o científico e eu fui fazer a prova de seleção para o magistério totalmente obrigada.
Como filha mais velha e a primeira de toda a família, todo mundo achava que dar palpite na minha vida era um direito de todos. E decidir o que eu tinha que fazer da minha vida também. Meus pais não opinavam muito, eu era das “tias” e da “vó”, elas que fizessem comigo o que quisessem... Minha mãe já tinha desistido de mim há muito, pois todos “me queriam” e ela decidiu que ter outra filha só dela era mais interessante. E, eu, claro, queria só a casa da vovó. Ainda mais que vieram mais irmãos e na casa da avó era só eu, não importava quantos chegassem. Então, a vida se passou assim, eu muito mimada pela família inteira e sempre a aluna nota dez na escola, pois minhas tias eram professoras na escola de freiras onde fiz o primeiro grau e eu tinha que ser a melhor, não tinha muita alternativa. E eu fui mesmo, a melhor aluna da classe até que chegou o segundo grau. Aí, foi o caos.
Como eu disse antes, ser a primeira foi bem complicado, apesar de muitas vantagens, ainda mais que todos na família queriam me ensinar “coisas”. Aos três anos eu já lia algumas coisas e aos cinco entrei na primeira série, lendo, escrevendo e pintando, bordando, até tricô eu já fazia. Uma das minhas tias era a professora alfabetizadora, ótima, mas eu era super requisitada. Ai, essa menina é muito precoce! Era só o que eu ouvia. Mas, na verdade, eu nem me dava conta de tudo que se passava, e seguia fazendo todas essas coisas.
Voltando ao caos, foi meu início no magistério, desde a tal prova de seleção que fui fazer arrastada. Uma porque saí muito cedo da oitava série, eu tinha doze anos, outra porque eu não queria ser professora! Isso era ponto pacífico para mim. E tinha a troca de escola, ia sair das irmãs, onde eu tinha estudado a vida inteira, desde o jardim de infância, e ir para a única escola em que havia magistério na minha cidade. Além disso, eu nunca nem brinquei de ser professora, pois era uma coisa que nem me passava pela cabeça. Como eu disse, eu achava que esse era um dom que eu não tinha. Claro que naquela época eu não fazia todas essas considerações, mesmo porque a idéia da minha família ao me levar para o magistério era a melhor.
Morar no interior, cidade pequena, menina da classe média, qual era a solução para a vida? Ser professora e casar com militar. Ai que coisa mais perfeita! Só que a minha idéia era bem outra.
Eu queria morar na Inglaterra! Decidido! Jane Austen que o diga, e Shakeaspeare, Dickens, Alan Poe...sim, porque eu já tinha lido tudo isso, e eu adorava pensar em dias bem chuvosos e naquela grama verde.
Claro que entre todas essas coisas eu queria ser veterinária, aeromoça, advogada, menos professora, é claro, e eram muitos os quereres. Queria viajar, ver o mundo. Se a profissão de turismo já existisse, certamente teria sido a minha escolha.
E aí, eu passei na prova de seleção para o magistério, e fui fazer o curso. Aquele ano foi uma tragédia, sim, porque era só o que eu fazia e cheguei ao final do ano com recuperação em seis matérias, coisa inédita na minha vida estudantil.
Pensei, que bom, agora vou trocar de curso, vou perder o ano, todo mundo vai ver que eu não quero mesmo ficar aqui nesta escola. Só que um fato mudou essa decisão. Fui atrás da minha tia, que também era professora na escola, e ela estava conversando sobre o meu caso com a diretora. Quando eu ouvi a conversa, ela dizia para a minha tia que eu não tinha maturidade nem competência para passar de ano, melhor que eu reprovasse mesmo. Ah, eu fiquei tão brava, afinal o que ela estava pensando? Ela ia ver, ia passar em tudo. Cheguei em casa e disse para a minha dinda que eu precisava estudar muito, ela, que sempre estava do meu lado, achou ótimo, afinal perder o ano era retroceder, e o pior era o tédio de passar por tudo de novo. Pois passei em todos os exames, com notas máximas, e, claro, não perdi a oportunidade de levar as minhas notas para a diretora, e que ela não dissesse que eu não “tinha condições”. Ah, santa adolescência! É um furor, tudo é supervalorizado. Nesse caso, me serviu de trampolim para não perder o ano, e os anos seguintes foram mais serenos. Existe um verso de Fernando Pessoa que, apesar de falar de outra coisa, retrata um sentimento adolescente com perfeição.
“O poeta é um fingidor.Finge tão completamenteQue chega a fingir que é dorA dor que deveras sente.”
Saí do magistério e consegui um emprego de professora na prefeitura da cidade, através da minha mãe que era funcionária lá. Era um coleginho muito pequeno, cheio de crianças carentes e eu dava aula para a primeira série. Isso mexeu muito com a minha realidade, eu não tinha noção de quanta gente passava dificuldades daquele jeito. Tudo acabou quando eu levei uma das crianças para a minha mãe “adotar”. Ela achou melhor eu sair, antes que eu levasse todos para casa. Foi uma experiência, no mínimo, interessante.
E cada vez mais eu achava que não poderia ser professora, aliás, não queria ser professora.
Os anos seguintes foram engraçados, eu não quis saber de nada, mas fui fazer um curso na faculdade de Ciências Biológicas, minha avó pagava, e eu me sentia na obrigação de fazê-lo. De novo, entrei com quinze anos e fiz dezesseis no primeiro ano de faculdade. Quem disse que eu queria estudar? Fui, de novo, fazer um curso só para não ficar sem fazer nada, cidade pequena, eu queria trabalhar, mas não achava nada que me interessasse, eu realmente não tinha maturidade para saber o que fazer da vida. Na verdade, tudo passava muito rápido e eu não conseguia fazer escolhas, eu queria morar na Inglaterra, mas que coisa!
Foram anos bons, minha fase de adolescência, e eu me diverti bastante.
Um belo dia, no meio de uma das festas tradicionais da cidade, eu decidi que tinha que fazer alguma coisa pela vida, ir atrás das coisas que eu tinha imaginado, nem que eu desse com os burros n’água. E, convenhamos, São Gabriel era pequena demais, o tédio era uma constante, apesar de todo o divertimento, amigos, festas e tudo o mais que uma adolescência bem normal poderia oferecer. Aquilo sempre me fazia pensar que faltava algo, que eu não sabia muito bem o que era, mas uma lacuna. Então fui à luta. Pus meus pés no mundo. Larguei a tal faculdade faltando um semestre para a formatura, foi uma tragédia grega.
Não disse para ninguém que eu vinha morar em Porto Alegre, falei que queria passar as férias, ganhava uma mesada, pedi mais um pouco para o meu avô, e ele me deu um valor razoável para custear uns dias na capital. Cheguei em Porto Alegre e saí atrás de um emprego, eu queria um banco, achava o máximo ser bancária. A gente pensa cada coisa! Entrei no departamento de recursos humanos de um banco bem conhecido e disse ao entrevistador que queria vir embora de onde eu morava e precisava de um emprego, isso foi na segunda-feira, na quinta-feira eu estava empregada. Ai, que máximo! Me senti a criatura mais feliz do mundo. Não quis estudar naquela época, precisava decidir do que eu realmente gostava, acho que esteve sempre ali, do meu lado, mas era tudo um turbilhão de decisões alheias e eu não assentava o pensamento para saber o que fazer.
Trabalhei uns meses no banco e não gostei, ah, detestei, saí e pensei em voltar para casa, afinal isso não estava rendendo nada e eu achava que estava marcando passo. Embora com essa decisão tomada, eu não queria voltar, não gostava da minha cidade, gostava daqui.
Passeando na Rua da Praia encontrei uma amiga que me indicou para uma empresa, e essa empresa me empregou, fiquei lá por quatro anos, mas ainda não tinha “me achado”. E também não voltava a estudar.
Um dia me decidi que essa empresa não servia mais, pois eu não ia para lado nenhum, apesar de ter galgado o meu espaço dentro dela, estava cansada do comércio, era muito desgastante, e saí. Logo em seguida, estava trabalhando novamente, no comércio, mas num lugar do qual eu gostava muito. Meu chefe, nesse lugar, era uma pessoa muito articulada, falava várias línguas e a convivência com ele me lembrou do meu antigo sonho de morar na Inglaterra e de falar inglês. Daí eu lembrei da minha história com a língua inglesa. Na sexta série, eu tive uma professora maravilhosa de inglês, a D. Clotilde, nome antigo, mas ela era linda e divertida. Nunca esqueci as suas aulas e do livro que usávamos, “Let´s have fun”, do Yázigi, que significa “Vamos nos divertir!” em português. Isso tinha ficado muito lá no fundo da minha memória, porque, no fundo, eu achava que era um sonho muito distante falar inglês e ir para a Inglaterra. Esse verso, abaixo, era do livro e nunca saiu da minha memória.
Bom, quando eu cheguei nessa empresa e comecei a conviver com essa pessoa que eu admirava por várias razões e, principalmente, pelas línguas estrangeiras que falava me dei conta de que eu tinha que começar do começo, estudar. Fui fazer Letras, como é que eu não tinha pensado nisso antes? Com ênfase em inglês, claro. Mas eu não queria ser professora, queria falar inglês, ser secretária executiva, trabalhar com importação e essas coisas deste tipo. Agora eu tinha me encontrado!
Eu sempre tive sorte, no meu curso tive um professor fantástico de inglês, ele era uma mistura estranha de italiano com chinês, e já tinha idade, estava quase se aposentando. Mas era excelente o trabalho que ele fazia conosco. Me formei, e fui fazer um curso específico de inglês. Sempre trabalhando nessa empresa, passado um ano da minha formatura surgiu a oportunidade de realizar o meu sonho, de morar na Inglaterra. Fui morar na Riviera Inglesa, numa cidade chamada Torquay, muito linda.
Isso foi uma coisa fantástica, foi tudo e melhor do que eu tinha sonhado, mas voltei, pois quando se deixa um amor para trás não fica tão fácil assim ficar longe. Nesse momento a minha vida deu uma mudada, eu queria ter uma certa estabilidade e resolvi fazer concurso para ser professor do Estado. Passei e fui “ser” professora. Eu nunca tinha visto essa possibilidade como a única atividade que eu pudesse exercer, continuei sempre trabalhando na empresa. Ser professora, ainda mais com o salário do Estado, era uma atividade paralela ao meu trabalho efetivamente.
A escola para a qual fui lotada foi uma experiência interessante. Peguei turmas de segundo grau à noite e, não havia passado muito tempo da minha nomeação, fui chamada à direção para diminuir meu ritmo e meu nível de exigência, pois os “coitadinhos” não conseguiam me acompanhar. Achei isso o fim! Embora na verdade não tivesse mudado nada na maneira de dar aula, minha atitude com relação aos alunos mudou um pouco, passei a enxergá-los com mais “solidariedade” e o trabalho fluiu maravilhoso, sempre fui professora homenageada nas formaturas ou paraninfa. Eles queriam as aulas comigo e eu ficava encantada. Será que eu sou professora, finalmente?
Sem esquecer que o meu foco era falar outras línguas, fui fazer francês, dessa vez para acompanhar o “namorido”, que ia fazer doutorado na França. Só que antes de ir, houve a separação e eu acabei tirando licença da escola e indo para o Canadá para estudar francês para valer.
Voltei e continuei trabalhando na mesma empresa, fiz italiano, aprendi um pouco de espanhol e só voltei a dar aula dois anos depois. Nesse momento, tomei uma decisão que iria mudar minha concepção de me ver na profissão de professora, quis dar aula na Escola Técnica Parobé, e eu queria o ensino técnico. Não me decepcionei, pois o aluno do técnico oferece ao professor uma outra realidade, ele é maduro, tem objetivos e tem vontade de receber os conhecimentos que se deseja ministrar. E eu tive que pensar num método que fizesse com que os alunos pudessem realizar uma tradução, pois, às vezes, não tinham tido contato com o inglês ou haviam visto espanhol ou, ainda, nas vezes em que tinham estudado inglês, não tinham passado do verbo “to be”. Era complicado. Adorei! Mas ainda não me via “só” professora.
Algum tempo se passou, e eu comecei a querer mudar o rumo da vida, não queria mais trabalhar na empresa, embora achasse que ficar como professora estadual fosse gerar um problema financeiro na minha realidade já estruturada. Não sabia muito bem o que fazer.
Tirei férias, fiquei quarenta e cinco dias viajando de trem e pensando na vida e no que eu queria a partir daquele momento. Ser professora? Será? Era um passo significativo, pois trabalhar em escola particular implicava ter um tipo de aluno que não me interessava, e um tipo de empregador que também não me agradava. E para viver disso eu teria que me submeter a essas duas coisas. Acho que não combinaria comigo, mesmo.
No entanto, joguei tudo para o alto e fui “ser professora”, coisa inimaginável no meu contexto ideal. Eu gostava de dar aula para o ensino técnico, isso envolvia trabalhar com jovens e adultos, concomitantemente, eu ficava adaptando o meu método para que eles pudessem realizar os objetivos da disciplina de Língua Estrangeira Instrumental e tivessem um ganho pessoal com isso, que é poder utilizar essa ferramenta na empresa, pois muitos trabalhavam em empresas multinacionais que levam em consideração esse tipo de conhecimento. Isso me desafiava.
Apesar de ter descoberto que ser professora não estava assim tão longe da minha realidade, eu não me sentia muito feliz sendo só professora. Comecei a procurar outra coisa para fazer. Surgiu um concurso para a Universidade Federal do Rio Grande do Sul para Secretária Executiva, e eu fiz, passei e fui trabalhar na Universidade.
Hoje, pensando em tudo o que eu já fiz como professora na Escola Parobé e na gratificação que é ter uma resposta positiva dos alunos que já passaram por mim, não posso dizer mais que não quero ser professora, eu sou professora, e o meu dia ganha mais cor quando recebo um email ou um aluno me procura para dar um retorno sobre o meu trabalho. Também cheguei à conclusão de que ser professor não é uma coisa que se escolhe, é algo que se insere na vida da gente por uma razão, já cheguei a dizer para uma amiga que é uma questão cármica, pois parece que quanto mais eu dizia que não queria ser professora, mais a vida me encaminhava para isso e eu não tinha escapatória. Até o próprio curso do PROEJA é um exemplo disso, eu estava prestes a fazer um curso de administração do setor público e, no entanto, quando surgiu a oportunidade de fazer esse me senti muito inclinada a realizá-lo. Continuo achando que tenho muito de administradora, mas sempre acabo trabalhando com os recursos humanos. Hoje, na Universidade, recebi uma função gerencial e nesse tipo de trabalho existe sempre uma questão pedagógica, da qual eu nunca consegui escapar, mesmo antes, quando era gerente administrativa da empresa na qual trabalhei por dezesseis anos. Daí a questão de ser uma lição pessoal, ensinar, mas sempre aprendendo.
Sempre achando que não sou professora, eu não tenho o hábito de guardar os emails e bilhetes de alunos (guardei um dos últimos) para ilustrar o quanto eles me dão retorno e me gratificam para continuar um trabalho diferenciado em detrimento a uma remuneração que eu não considero justa, mas aí entra o dom, o amor, e a solidariedade da qual falei antes, e que eu descobri que tenho, pois esse retorno é que mantém essa chama acesa. Segundo Vigotski, 2001, “Uma palavra desprovida de pensamento não expresso por palavras permanece uma sombra. As palavras desempenham um papel central não só no desenvolvimento do pensamento, mas também na evolução histórica da consciência como um todo, uma palavra é um microcosmo da consciência humana.” Ele também coloca a questão de escrever as memórias como um instrumento de tomada de consciência, pois escrevê-las resgata as emoções e permite uma análise de toda a nossa trajetória de vida, ressignificando-a e possibilitando elaborar os sentimentos, as descobertas e a própria aprendizagem organizando internamente as emoções e percebendo-nos de uma maneira mais clara re-conhecendo nosso pensamento no que concerne a coisas que estão tão decididas e demarcadas dentro de nós que criaram sentimentos engessados em relação a algo que sempre fez parte de toda uma trajetória de vida.
Foi mais ou menos assim que eu me senti ao escrever este memorial, me foi difícil escrevê-lo, porque quanto mais eu lembrava das coisas que eu queria colocar nestas páginas, mais eu me dava conta de que, apesar de sempre ter dito que não queria ser professora, eu sempre “fui” professora, até nos espaços administrativos em que trabalhei. Escrevendo-o lembrei de Carl Jung “Quem olha para fora, sonha; quem olha para dentro, desperta”.
Jung denominou “sombras” tudo o que somos, mas ignoramos em nosso ser, é um outro lado nosso que está em uma parte sombria de nossa psique, não quer dizer que essas “sombras” sejam negativas, pois daí vêm as nossas capacidades em germe, que ainda não foram despertadas. Ele também postulou que “Aquilo a que você resiste, persiste.” E, nesse caso específico, eu tive a consciência de que desde o momento em que decidi “não ser professora” isso se manteve no meu dia a dia, me mostrando que eu tinha de prestar atenção e me perguntar do porquê dessa insistência inexorável. Seja pelo fato de algo a ser transmutado e descartado ou como um sinal de que eu tenho que expandir meus conhecimentos, me desapropriar deles para que outras pessoas tenham acesso e possam modificar suas trajetórias positivamente.
Também relembro uma situação interessante nesta questão que foi o fato da minha irmã realizar o estágio de graduação na minha escola e ter assistido a algumas aulas minhas. O comentário que ela fez foi bastante elucidativo no quesito “não quero ser professora” que me acompanhou por tanto tempo. Ela saiu comigo da aula e disse “A pessoa é para o que nasce! Não se pode fugir!”, essa observação ficou por muito tempo retumbando na minha mente, até que eu decidi aceitá-la e enxergar que, na verdade, eu sou mesmo professora.
“Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa.
Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.”
Ricardo Reis, 14-2-1933
Ricardo Reis, 14-2-1933
Um comentário:
Liseane!
Não tinha visto, encontrei por acaso, me emocionei muito. Apesar do pouco contato, sabes que o tio/padrinho, te ama muito, adorei o memorial. bjs.
Sérgio
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